terça-feira, 29 de junho de 2010

Cursos Técnicos

Ensino Técnico

O ensino técnico ou ensino técnico-profissional constitui uma modalidade de ensino vocacional, orientada para a rápida integração do aluno no mercado de trabalho, com caraterísticas específicas que podem variar conforme o país e o seu sistema educativo. Normalmente, corresponde a uma formação ao nível do ensino secundário, incluindo tanto os níveis 3 e 4 da Classificação Internacional Normalizada da Educação.

No Brasil, o ensino técnico é voltado para estudantes de ensino médio ou pessoas que já possuam este nível de instrução. Pode ser realizado por qualquer instituição de ensino com autorização prévia das secretarias estaduais de educação. Seria um nivel intermediário entre o ensino médio e o ensino superior.

Técnico versus tecnólogo

Muitos confundem os cursos técnicos com os tecnólogos, ou acreditam que os tecnólogos são voltados para a tecnologia. De acordo com Helen, o curso técnico tem duração de um ano e meio, no mínimo, mas a média de duração é dois anos. Já os tecnólogos dão título de curso superior, com duração entre dois anos e três anos e meio.

"Nos cursos tecnólogos, há uma restrição de disciplinas [na comparação com a faculdade tradicional], que também são flexíveis. Isso significa que o conteúdo é sempre atualizado de acordo com as demandas do mercado. As aulas garantem profundidade, de forma que o estudante com curso tecnólogo é rapidamente inserido no mercado", lembra Helen.

A outra diferença, segundo Andréia, é que o curso técnico é reconhecido por ordens de classe, ou seja, o técnico é certificado e pode ter um registro, como o do CREA.
Situação do mercado

Em abril deste ano, foram criadas mais de 3 mil vagas de emprego, sendo que, dessas, a maioria (58,45%) foram ocupadas por técnicos, analistas e assistentes. Isso significa que o mercado de trabalho está valorizando mais os profissionais com curso técnico.

O aumento das oportunidades criadas no ano passado reflete o bom momento financeiro protagonizado pelas organizações brasileiras. De acordo com recente estudo do Serasa, as companhias nacionais registraram, no ano passado, a maior rentabilidade da década. Em fevereiro último, o setor que mais criou vagas foi o industrial, respondendo por 26,51% dos 3.018 postos de trabalho.

Demanda

A coordenadora do ETEP Carreiras explica que não existe uma área que se sobressai, com relação às oportunidades de emprego, de maneira unificada em todo o País. "Depende muito da região onde o aluno está inserido", garante. No Vale do Paraíba (SP), especificamente, os destaques são as áreas de mecânica, mecatrônica, informática e web design. O motivo é que o foco da economia local está nas indústrias.

Helen exemplifica as peculiaridades de cada região: um fenômeno que é observado nas regiões metropolitanas é a expansão das empresas de serviços, que estão garantindo muitas ofertas de trabalho. Entretanto, em São José dos Campo-SP, embora tenha havido crescimento do setor de serviços, a tendência não foi sentida. "O mercado da região gira muito em torno das indústrias".
O salário médio de um profissional com formação técnica fica entre R$ 1 mil e R$ 1,3 mil. Ao entrar como estagiário, a média salarial varia de R$ 600 a R$ 650.

Conheça os sete cursos técnicos considerados carreiras do futuro

Publicada em 17/05/2010

O Globo, com informações do Jornal Hoje

RIO - Para quem estiver à procura de um curso técnico, foi listado pelo Sistema Nacional de Informações de Educação Profissional e Tecnológica (Sistec) as sete carreiras do futuro. São elas:

- Técnico em Biocombustíveis

- Técnico em Radiologia

- Técnico em Cozinha

- Técnico em Edificações

- Técnico em Multimídia

- Técnico em Telecomunicações

- Técnico em Agroecologia

Segundo o Sistec, os dez cursos mais procurados no país hoje são:

- Técnico em Enfermagem (74.295 matrículas)

- Técnico em Informática (41.107 matrículas)

- Técnico em Segurança do Trabalho (35.897 matrículas)

- Técnico em Administração (25.940 matrículas)

- Técnico em Mecânica (19.975 matrículas)

- Técnico em Eletrotécnica (17.848 matrículas)

- Técnico em Comércio (17.263 matrículas)

- Técnico em Agropecuária (16.096 matrículas)

- Técnico em Eletrônica (15.385 matrículas)

- Técnico em Radiologia (14.234 matrículas)

Fontes:

http://oglobo.globo.com/educacao

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_t%C3%A9cnico

terça-feira, 22 de junho de 2010

Mercado de Trabalho x Oportunidades de Empregos

Muita coisa mudou e continua mudando

Estudar, fazer um curso superior, pegar o diploma, arrumar um bom emprego, trabalhar por algumas décadas, se aposentar e curtir a vida. Esqueça tudo isso, este era o cenário para o trabalhador de antigamente. Muitas coisas mudaram e continuam em contínua evolução.
O diploma de um curso superior já foi garantia de emprego, até meados da década de 70; hoje não é mais. Pensar que após o término da faculdade você está "livre" do estudo é simplesmente decretar a morte da sua carreira profissional. Hoje precisamos estar sempre estudando, sempre nos atualizando. Estamos vivendo a "era da informação, da velocidade e da orientação para resultados". Muitas vezes, ficamos atônitos com a rapidez com que as mudanças acontecem. Já não basta mais sermos especialistas em uma única área: Engenharia, Administração, Economia, Direito, etc. Precisamos "entender do negócio", isto é, conhecer todos os aspectos relacionados com o ramo da empresa onde trabalhamos, senão como poderemos aplicar nossos conhecimentos em benefício da empresa, ou em outras palavras: gerar resultados.

Precisamos entender de muitos assuntos: administração, finanças, informática, outros idiomas, pessoas (esta talvez seja a aptidão mais importante e mais difícil), trabalho em equipe, etc.

Precisamos entender de muitos assuntos e a única maneira de dominá-los é através do estudo e aprendizado contínuos.

Você precisa ter ótimos conhecimentos na sua área de atuação não basta conhecer o básico, para se destacar e ser um profissional requisitado pelo mercado, você precisa dominar os conhecimentos da sua área de atuação e para que isso aconteça o caminho é o estudo e a atualização constantes Não existe mágica. Você quer ser um profissional excelente, quer se destacar, quer sempre estar empregado (alguns "Empregabilidade").
Então não tem jeito: muito estudo e, principalmente, colocar em prática o que você estudou. O mercado está muito seletivo, não existe mais lugar para enganadores. De nada adianta você ter ótimos conhecimentos se não for capaz de traduzi-los em resultados para a empresa. Lembre-se: você não é paga para ficar oito horas na empresa, você é paga para gerar resultados. Sem resultados = sem emprego.

Existem conhecimentos que são fundamentais, independente da área em que você atue. Conhecimentos de informática, tais como: saber utilizar um bom redator de textos (normalmente o Microsoft Word), saber utilizar uma boa planilha eletrônica (normalmente o Microsoft Excel) e, principalmente, saber utilizar os recursos disponibilizados pela Internet. O conhecimento de idiomas também é muito importante. O inglês ainda é o mais importante, seguido de perto, para nós brasileiros, pelo Espanhol. Pode ser que, para a sua profissão/cargo atuais, não seja obrigatório o conhecimento de idiomas mas, com certeza, o domínio de um ou mais idiomas estrangeiros será um diferencial importante.

Habilidades na comunicação, quer seja para escrever, falar ou fazer apresentações, são fundamentais. Independente da função, o profissional atual deve dominar as técnicas de redação, o que inclui um bom vocabulário e um bom conhecimento da nossa Gramática. Desde a elaboração de relatórios, projetos e memorandos, até na comunicação via e-mail, o domínio das técnicas de redação é um diferencial importante, que pode ajudar você na busca por melhores posições dentro da empresa. Além de saber por as idéias no papel é importante que você saiba apresentá-las para os seus colegas e superiores. A capacidade de fazer boas apresentações é muito importante. O profissional que domina as técnicas para uma boa apresentação, vê muitas portas se abrirem.

Não importa o cargo que você ocupa, é fundamental que saiba trabalhar em equipe, em outras palavras: "colaboração e cooperação".

Análise do mercado de trabalho brasileiro na última década

Até novembro de 2008, os resultados do mercado de trabalho brasileiro eram extremamente positivos e os recordes de contratação formal reforçavam uma trajetória exuberante do emprego que o país mostrava desde 2003.

Nos últimos dez anos em que os dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) estão disponíveis – de 1998 a 2007 – a taxa de crescimento do emprego foi de 56%, com significativos resultados após 2003. O mercado formal brasileiro contava, em 1998, com 24,5 milhões de empregos formais. Este total elevou-se para 28,7 milhões em 2002, e chegou a 37,6 milhões em 2007. Dessa forma, constata-se que cerca de 2/3 dos empregos da década foram criados entre 2003 e 2007.

Segundo o Coordenador de Relações Sindicais do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), José Silvestre Prado de Oliveira, outro dado que merece destaque na análise realizada é o crescimento da massa salarial real do trabalhador a partir de 2003. A massa salarial manteve-se estagnada de 1998 a 2002, com valor de aproximadamente R$ 36 bilhões. A partir de 2003, ela passou a crescer ano a ano, atingindo R$ 52 bilhões em 2007. “Isso significa um crescimento de 45% após 2002”, diz o coordenador.

O coordenador, no entanto, observa que, ao se analisar os dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de 1998 a 2008, evidencia-se a característica de “flexibilidade contratual” do mercado de trabalho, inclusive nos momentos de relativo crescimento econômico.

Entre 1998 e 2002, 54% das demissões foram de trabalhadores com menos de um ano de contrato. Esse percentual subiu para 58% entre 2003 e 2007, chegando a 60% em 2008. Ou seja, das 15,2 milhões de demissões de 2008, nada menos que 9 milhões atingiram contratos realizados havia menos de 12 meses.

Para reverter isso, de acordo com Oliveira, o Brasil precisa criar leis que impeçam as demissões sem justa causa, como o previsto pela Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). "O custo da demissão já está embutido no custo do trabalhador. Enquanto não houver no Brasil uma lei que iniba as demissões, haverá esta alta rotatividade", afirmou.

Transformações Recentes no Mercado de Trabalho Brasileiro

Tem ocorrido, desde 1994, uma queda substancial da oferta de trabalho entre os membros mais jovens das famílias, pessoas entre 15 e 24 anos de idade. São as pessoas com idade intermediária, entre 25 e 39 anos, no auge de sua capacidade de trabalho, que têm contribuído mais para o mercado de trabalho. Há duas explicações para essa mudança de padrão: Primeiro, tem crescido a exigência de empresas por trabalhadores mais experientes e mais qualificados, justamente o que oferecem os jovens maduros. Segundo, os mais jovens preferem ficar mais tempo na escola antes de entrar no mercado, pois as empresas demandam por maior qualificação e os jovens valorizam a educação.

Com o fim do modelo de substituição de importações e o início do processo de abertura comercial, as estruturas produtivas têm-se transformado rápida e significativamente. Diante de um ambiente cada vez mais competitivo, as empresas têm incorporado inovações tecnológicas e gerenciais e, como resultado, aumentando cada vez mais sua demanda por trabalhadores mais qualificados.

Com as inovações tecnológicas, houve uma maior valorização dos trabalhadores relativamente mais qualificados, em detrimento dos menos qualificados. Como conseqüência, a produtividade do trabalho cresceu mais rápido que o PIB, gerando desemprego. Portanto, o desemprego não é somente resultado da economia, que perdeu dinamismo; mas também do aumento da produtividade, que vem crescendo mais que a economia.
Sabemos que, embora as inovações tecnológicas e os ganhos de produtividade sejam desejáveis para sociedade como um todo, eles podem ter um impacto distributivo perturbador. Trabalhadores com renda relativamente mais elevada acabam sendo beneficiados, podendo gerar uma piora na distribuição de renda. Daí ser fundamental investir na qualificação da mão de obra, de forma a oferecer aos grupos mais pobres a possibilidade de acesso às novas tecnologias.

A alta do desemprego, é um dos principais problemas do governo. Vários são os fatores a determiná-la. Além dos relacionados aos ganhos da produtividade, devemos destacar o efeito das políticas macroeconômicas implementadas no governo FHC que pouco mudaram com o governo Lula. Outro fator importante é o de caráter sazonal. O desemprego sempre aumenta no início do ano. Primeiro, porque a demanda por bens e serviços na economia é menor neste período do que no final do ano. Segundo, porque é neste período que a oferta de trabalho tende a aumentar mais rapidamente.

Finalmente temos a questão da informalidade. Desde inícios dos anos 90, tem aumentado o grau de informalidade do mercado de trabalho no Brasil. Esse fenômeno não está relacionado à queda do dinamismo da economia como um todo, mas sim com as novas formas de produção e relações de trabalho, e com o aumento relativo do emprego no setor de serviços (naturalmente mais propenso a gerar empregos informais).

Em geral, o crescimento da informalidade é visto como prova inequívoca de precarização do trabalho. Porém, não obstante o crescimento da participação de trabalhadores sem carteira assinada e autônomos, foram exatamente estes dois grupos de trabalhadores os que, de longe, tiveram o maior ganho de renda desde 1993. Enquanto os trabalhadores com carteira assinada tiveram um aumento real de renda da ordem de 11% entre 1993 e 1997, os trabalhadores sem carteira assinada atingiram ganho de 30%, e os autônomos o extraordinário ganho de 45%. Não podemos ignorar que a informalidade vem crescendo no mercado de trabalho brasileiro. Mas é preciso lembrar que os ganhos de renda do trabalhador cujo trabalho é considerado precário, por ser informal, também tem sido substanciais nos últimos anos.

Nossa Visão

Vimos que para se ter sucesso no mercado de trabalho é necessário primeiramente o estudo contínuo, versatilidade, determinação e criatividade.

O mercado de trabalho está cada vez mais disputado, novas formas de ingresso estão se tornando mais utilizadas, como os cursos técnicos e tecnológicos que tem menor duração do que os cursos de graduação das universidades tradicionais.

Em 2008 uma pesquisa realizada pelo CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) mostra as oportunidades de estágios no Brasil:




Podemos concluir que a maior número de vagas esta na área de Administração de Empresas, Pedagogia e Direito. Estágios na área de Medicina não entraram na pesquisa, mesmo tendo grande oportunidade de emprego, porque o CIEE não atua nestes segmentos.

Fontes